19/04/2012

Furacão Jonas Sulzbach enlouquece Lajeado!

Entre a simpatia do modelo e o alvoroço das fãs, o Mister mostra estar preparado para o assédio.


Lajeado - As 15h de ontem, os fãs se perfilavam em frente da loja Dullius no Centro de Lajeado. O Mister só apareceu duas horas e meia depois, e foi um tumulto. Os fãs chacoalharam o carro que ele veio dirigindo. Os seguranças aplacaram a febre das adolescentes e mães, mas só por alguns segundos. Era o modelo Jonas Sulzbach, alçado à condição de celebridade depois do Big Brother Brasil. Os flashes pipocaram. Um tanto surpreendido com o volume de gente, Jonas abriu o sorriso, e foi. O riso fácil faz parte do jeito “desencanado” de falar e dizer verdades. Não existe tabu que Jonas não comente. Respondeu a todas as perguntas, deu todos os beijos e até entrou na brincadeira de ser erguido por mulheres e alguns homens também. Jonas não é gay, embora lide bem com eles, se considera uma beleza nota oito, porque seu dedo do pé não é tão perfeito assim, e embora possa vir a se arrepender depois, disse que o índice de “assanhamento” no BBB é elevado: oito.
O bonitão gosta do número oito, muito embora 2010 tenha sido o seu ano de mudança. Foi quando foi eleito Mister Universo. E o 12, o ano de ingresso na casa. Um programa em que o próprio Pedro Bial disse ser um “zoológico humano”, tamanho o confinamento e a diversidade de humor, personalidade e credo. A característica de Jonas é ser simples. Não importa que esteja em alta na Vênus platinada que é a Globo, ele nem sabe se quer ser ator. O programa e a fama não são seus sonhos. Mas fazer o pé-de-meia, sim. O modelo está focado em ganhar e empreender. Sabe que tudo passa, e quando os holofotes se desviarem para o outro lado, estará preparado. “Isso aqui não é meu sonho. O BBB foi uma oportunidade bem aproveitada. Para minha realidade, já ganhei muito.”

O Mister é a bola da vez, tem autoestima de sobra para rejeitar garotas e ficar com quem realmente o atrai. A Globo não apresentou no programa uma mulher para se apaixonar. Não que Jonas seja enjoado, arrogante ou extraexigente. É que a paixão simplesmente acontece. Em meio a tantos beijos, abraços e luxúria avançando sinal verde na casa do Bial, a paixão não aconteceu. Ele é um carente confesso. “Sou um cara carente. Eu gosto de carinho, gosto de estar com pessoas.”
Jonas nasceu, cresceu e viveu bonito, mas não faz da beleza um crime de lesa-majestade. Utiliza-a para ganhar dinheiro, o que não é crime. Não faz dela a arma da arrogância. Tem porte de Jonas e uma espontaneidade de Danny Devito. Está celebridade, como ex-BBB, sabe que a fama é efêmera. Se não fosse Mister, cairia para o degrau de subcelebridade. Não aconteceu porque o moço tem carisma e um recheio maior do que a barriga “tanquinho”. Ele diz que é fé, porque reza todas as noites e se norteou pelo Novo Testamento nos piores oito dias de sua vida, na semana pré-programa.
Na verdade, o carisma é a simplicidade. Nem a santa-clarense Shirley Mallmann, no auge da fama como top model internacional, causou a mesma celeuma que o Mister. Equilibrado, pensa no que fala e escuta mais do que revela. E quando fala, diz sem medo. “O jeito com que falo assusta algumas pessoas, mas não me acho grosso.” E se a Bíblia é o livro que está no Facebook; a medalhinha de prata de Alá é o cordão do pescoço. Jonas e sua fé são democráticos.

Parte de tudo aquilo que Jonas vem acumulando nos clics dos fotógrafos e participações em eventos vai para o pai, Fernando Sulzbach (54). O “Nandão”, galã lajeadense dos anos 1970. Sulzbach pai é um apaixonado pelo filho e planeja com ele realizar um projeto: um espaço de lazer junto do pequeno campo na chácara da família, no Bairro Universitário, em Lajeado. “Será um pequeno negócio”, antecipa o pai. Jonas revela o que é: um quiosque para festas e eventos de médio porte.
Sobre a relação pai e filho, Nandão se declara ao filho. “Eu não precisei morar dentro da casa dele para ser o pai dele.” Nandão nem sequer namorou a mãe de Jonas, mas sempre teve com o filho uma relação de reciprocidade. “Ele teve uma família, tias por parte de pai e mãe e toda a estrutura. Sem querer, formamos uma família um pouco diferente.”
Jonas é a reprodução do pai. Nos bons tempos de Nandão, o tipo físico e a aparência de boa pinta eram também suas marcas. “Eu agradeço a Deus por ter nascido assim, bem fisicamente. Quanto a ser bonito, isso diziam”, risos. Nandão tem mão, pé e humildade igual a Jonas. Dentro de pouco tempo, um empreendimento em comum.

Entrevista
Jonas Sulzbach
Ele não é apenas uma “planta”

À vontade, na sala de reuniões do jornal O Informativo, Jonas Sulzbach mostra que nem a fama nem os apelos de uma celebridade lhe subiram à cabeça. Aos fãs de Lajeado, o galã revela sensações, momentos e compartilha seu maior prêmio: ver a família reunida, torcendo por ele.

O Informativo: Desde que você saiu da casa, já ganhou bastante dinheiro?
Jonas: Para minha realidade é bastante. Nem eu nem minha família somos ricos. Tudo que conquistei foi com muito esforço. Só o que ganhei do programa - o carro e os R$ 50 mil - é mais do que um ano inteiro de trabalho como modelo.

O Informativo: A sua beleza prejudicou ou ajudou?
Jonas: Eu sei que existe preconceito com homem bonito, porque todo mundo diz que ser mais bonito ajuda depois do programa. Mas para mim, para não ser considerado uma “planta”, tinha que mostrar quem era. Não simulei, não atuei, vivi três meses com o máximo de alegria. E me aproximei das pessoas que mais gostei.

O Informativo: Você não se comprometeu com nenhuma menina do BBB. De zero a dez, qual o nível de “assanhamento “delas?
Jonas: (risos) Isso vai me comprometer, mas mais de oito.

O Informativo: Na casa, se levantou a questão de você ser homossexual. Como você vê isso?
Jonas: Várias vezes isso aconteceu na minha vida. Você está numa festa, chega a menina para “ficar” e você diz não. Ela já sai dizendo para todos que o “cara” é gay. Parece que o homem tem obrigação de ficar com a mulher, mas isso não é assim. A mulher acha que se o homem não se sentir atraído por ela, é “veado”. Eu fico com quem eu tenho vontade. Não tenho preconceito com nada.

O Informativo: Qual a sua relação com seu pai. Não se vê fotos de você com ele, como é isso?
Meu pai é um orgulho. O pouco contato que tive com ele na infância já foi superado. É uma pessoa que citei muito na casa. E dizem que eu me pareço muito com ele. Mas não é por conta do físico, é porque o admiro muito. É uma pessoa que amo muito. Choramos juntos, porque ele teve que ouvir muitas coisas ruins a meu respeito. Amor de mãe é diferente, mas eu amo muito ele também.

O Informativo: Qual foi o maior defeito da humanidade que você viu dentro da casa?
Jonas: Acho que a pior coisa é não ter noção do que uma palavra pode causar. Uma palavra mal dita é pior do que um soco na cara. Lá, as pessoas não tinham noção disso. Fui ofendido várias vezes e soube me controlar, e responder com um sorriso.  

O Informativo: As meninas da casa reclamaram de falta de carinho. Você não deu carinho quando ficou com elas?
Jonas: Mas é que ela (Monique) não merecia (risos). Eu não faço nada forçado. Ela era uma pessoa que não me dava vontade de fazer carinho. Não tem como escolher, a paixão não é determinada à força. Eu fiz tudo que tinha vontade e não me arrependo de nada.

O Informativo: Você falou em família. Como foi ver mãe, pai e seu irmão juntos, lá no primeiro paredão?
Jonas: Para mim foi o momento mais emocionante de todos. Quando vi os três, juntos, nem consegui ouvir o que eles falavam. Para mim pouco importava se fosse sair ou continuar na casa. Aquele foi meu prêmio, me senti revigorado e cresci depois de ver aquela cena. Me senti seguro ao saber que tudo estava bem no mundo lá fora. Sou muito preocupado com meu irmão, minha mãe. A minha mãe viveu minha vida lá.

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